"Para Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é, antes de tudo, livre. O homem é livre mesmo de uma essência particular, como não o são os objetos do mundo, as coisas. Livre a um ponto tal que pode ser considerado a brecha por onde o Nada encontra seu espaço na ontologia. O homem é nada antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo. A liberdade é absoluta ou não existe”.
"A liberdade é como o espaço, e que depende do ser humano queela seja, também como ele, mais ampla ou mais estreita, vinculada aocontrole dos próprios pensamentos e das atitudes. O conhecimento é o grandeagente equilibrador das ações humanas e, em consequência, ao ampliaros domínios da consciência, é o que faz o ser mais livre".
"A liberdade humana revela-se na angústia. O homem angustia-se diante de sua condenação à liberdade. O homem só não é livre para não ser livre, está condenado a fazer escolhas e a responsabilidade de suas escolhas é tão opressiva, que surgem escapatórias através das atitudes e paradigmas de má-fé, onde o homem aliena-se de sua própria liberdade, mentindo para si mesmo através de condutas e ideologias que o isentem da responsabilidade sobre as próprias decisões".
"Cada um acredita de si mesmo a priori que é perfeitamente livre, mesmo em suas ações individuais, e pensa que a cada momento pode começar outra maneira de viver [...]. Mas a posteriori, através da experiência, ele descobre, para seu espanto, que não é livre, mas sujeito à necessidade, que apesar de todas as suas resoluções e reflexões ele não muda sua conduta, e que do início ao fim da sua vida ele deve conduzir o mesmo caráter o qual ele mesmo condena."
"Basicamente o homem está preso ao conceito de “liberdade”. Ele acha que liberdade pode ser alcançada ao ir-se contra algum sistema ou normas existentes na sociedade. “Liberdade” é essencialmente um estado interno da existência onde você não mais interage no mundo tendo como base o medo. Deste modo não há mais pressão ou resistência contra qualquer estrutura, lei ou valores impostos pela “sociedade”. A liberdade não é uma revolta contra algo. A Liberdade é um estado de consciência que não tem oposto."Namastê
Sri Bhagavan
Anasha
chegarão aos ouvidos de Deus."
(William Shakespeare)
Penso na impossibilidade da expressão do afeto. Já escrevi sobre o assunto antes, no texto “O dragão arrogante ou a sina da menina” de 2005. O tema persiste.
O humano é naturalmente afetivo, carrega em si essa força. Imagino quanta carga de energia será necessária pra represar o afeto... Os trajetos internos percorridos rastreando as quantas miúdas e potentes nascentes de afeto... sendo obstruídas lentamente... E depois quantos anos para fazer o caminho de volta, meudeus...
Isso vai acontecendo com a gente. Nascemos afetivos e se não tomamos cuidado morremos secos de afeto. Sempre que, naturalmente, me vem o impulso de beijar, abraçar, acarinhar alguém e eu o permito, alimento profundamente minha alma, minha menina, meu deus, minha carne...
Entrei 2011 assim, rodeada de gente que amo, alimentando-me. Divaguei um pouquinho sobre a diversidade daquela gente, suas características, desejos, jeitos. Os detalhezinhos, as peculiaridades de cada um, que justamente os fazem amados... Logo cansei do exercício mental e simplesmente senti o amor, o amor em mim dirigido aquele povo todo...
Dia desses, teclando com um amigo, jogamos “as melhores coisas do mundo”: a cada frase minha seguia-se uma dele e assim ficamos um tempão, mergulhados em nós, pescando do fundo, as coisas que realmente nos são importantes... Ver os filhos se divertindo; escutar música; caminhar no mato; assistir a um filme que mexe comigo e sair do cinema de carro, passeando chorando, berrando; parir meu filho; a preparação de uma festa até a festa; rir, rir de chorar; conhecer gente interessante; fuçar as histórias do passado da família; pôr do sol na praia; estar grávida de uma idéia, projeto, amor; dormir de conchinha...
Me lembrei de quem sou e sem perceber, recheei-me de afeto, por mim.
Gracias a la vida!
Anasha
Vale conferir Deleuze falando do amor: http://www.youtube.com/watch?v=OlnJL4Mv1vM
http://www.youtube.com/watch?v=OlnJL4Mv1vM
Escrevo este texto em protesto a outro que recebi há pouco. Nele, o autor ou autora pretende convencer o leitor da inutilidade de um praia naturista na Paraíba. Um de seus argumentos é que: “...nem mesmo a faixa extensa do Ceará, infinitamente maior do que o da Paraíba, tem se dado ao luxo de ocupar tamanha extensão com a atividade lúdica do naturismo”. Mas isso não deveria ser motivo de orgulho pro Estado?
Namastê
Anasha
Não por acaso acabo de receber um vídeo maravilhoso. Discurso da escritora nigeriana Chimamanda Adichie advertindo sobre o perigo de considerarmos apenas uma história dentre as inúmeras que podem ser contadas sobre uma pessoa, um lugar.
http://www.ted.com/talks/lang/por_br/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html
Fui. Saltar!
Anasha
Tô com pneumonia. Nunca tive e como pra tudo tem uma primeira vez, taí. E claro, fui escarafunchar seus significados psicossomáticos, mas graçasaosdeuses, logo desisti.
Falar nisso, o resultado do último Big Brother é um sintoma de uma doença nacional. Não acompanhei este, mas me lembro daquele onde o Dourado participou pela primeira vez. O homem é um poço de intolerância e preconceito, e isso reflete o Brasil.
Mas voltemos ao meu umbigo que está igualmente necessitado de atenção e de escarafunchamento. O que sinto? Sinto como se os pneus do meu carro estivessem vazios, é isso! Como se eu fosse um carrão, super potente, colorido (claro), cheio de gasolina e com um mapa de aventuras a seguir. Mas... os pneus não estão aptos. Estão furados, murchos ou carecas! Hum, se estiverem furados foi por acidente, murchos, esquecimento e carecas, negligência? Aff! É só dar uma brecha que a máquina começa a pirar.
Enfim, tô cheia de energia, querendo correr, suar... mas tenho que ficar quietinha, quentinha, evitar o vento (Iansã, nosso vôos terão que ser adiados!), evitar o sereno da noite e consequentente seus luares, estrelas e delírios. Ao mesmo tempo, como também estou com sinusite (essa é amiga antiga!) preciso evitar o sol (que me dá dor de cabeça), as roupas leves que adoro, açaí na tigela que amooooo...
Bom, se tenho que evitar o dia e a noite, resta-me o que? Lugares fechados. Incluindo meu corpo, lugar em mim. E taí, caros leitores, a minha maior dificuldade hoje. Até pra meditar tá difícil. É uma agonia aqui dentro, um comichão, uma quentura que não me deixa quieta.
Escrevo pra ver se a coisa se esclarece, se mostra, sai de mim. Lembram da minha experiência zen em Tambaba? Vivo praticamente o oposto. Me esforço pra aceitar esse momento, e o esforço é sempre uma bobagem. O que impera é mesmo a agonia, agonia, agonia...
Desculpem, mas não resisto:
"agonia - a.go.ni.a
sf (gr agonía) 1 Estado em que o moribundo luta contra a morte. 2 Fase de decadência que prenuncia o fim. 3 Aflição, angústia; estertor, inquietação, sofrimentos morais intensos. 4 Dor severa. 5 Náusea. 6 Desejo veemente de conseguir alguma coisa; ânsia. 7 Toque especial de sino para comunicar aos fiéis o transe de morte de uma pessoa. 8 Reg (Nordeste) Pressa. 9 Reg (Centro e Sul) Amolação, incômodo".
Hum, talvez algo esteja morrendo em mim. Caramba, foram tantas mortes nos últimos anos que, sinceramente, essa me escapa. O que é que está morrendo em mim agora? Já evitei muita morte e também deixei alguns mortos sem enterro, erro que evito repetir. Da-me la muerte que me falta! Ao mesmo tempo o significado 6 também me cabe: desejo veemente de conseguir alguma coisa. É isso! Caramba, o que é que eu quero? Vixi, mas o 8 também é bom: pressa, tenho pressa de viver!!! Valei-me nossa senhora que o 9 também é ótimo: amolação, incômodo. Peraí, mas e se o carro nem tiver pneu? Metaforicamente, o que seriam os meus pneus ou os pneus em mim? Ah, desisto.
Se alguém tiver um insight sobre a agonia desta agoniada, me dêem um toque. Terapia pública, nunca pensei que fosse chegar a esse ponto. Como pra tudo tem uma primeira vez...
Anasha
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