Violência, estupro, fome, repressão, medo, vergonha, dúvida. A engrenagem é tão bem
montada que já não se gasta tempo impedindo as pessoas de serem felizes, elas fazem
sozinhas. Eu me estupro, me machuco, me corrompo, minto pra mim mesma, construo
muros de medo e dúvida, me visto de roupas que não me pertencem, me aproprio de
palavras que não cabem na minha boca, me obrigo a comer o que não gosto e a vomitar
o que quero em mim. E mato tudo que amo. E perdida, permito que tomem conta do que é
meu. E perdidos permitimos que tomem conta do que é nosso.
Assoprar a ilusão, destruir os espelhos, apagar as sombras. QUERO A COISA EM SI, todo
o resto é especulação. “Quando eu estico os braços, entrelaço-os pelo seu pescoço e te
abraço, este ato de amor não seria o ato da oração?”, A saída e a entrada. Corpo-templo
tão sensato e MEU!
montada que já não se gasta tempo impedindo as pessoas de serem felizes, elas fazem
sozinhas. Eu me estupro, me machuco, me corrompo, minto pra mim mesma, construo
muros de medo e dúvida, me visto de roupas que não me pertencem, me aproprio de
palavras que não cabem na minha boca, me obrigo a comer o que não gosto e a vomitar
o que quero em mim. E mato tudo que amo. E perdida, permito que tomem conta do que é
meu. E perdidos permitimos que tomem conta do que é nosso.
Assoprar a ilusão, destruir os espelhos, apagar as sombras. QUERO A COISA EM SI, todo
o resto é especulação. “Quando eu estico os braços, entrelaço-os pelo seu pescoço e te
abraço, este ato de amor não seria o ato da oração?”, A saída e a entrada. Corpo-templo
tão sensato e MEU!
Preciso acreditar que eu estou aqui mesmo quando não ouço a minha voz. Meu paladar, o
que vejo e respiro estão castrados no meio de tudo que falo. Falo demais e só ouço o que
eu mesma falo, deixando de lado as outras vozes - que não aprendi a ouvir. Preciso acreditar
que estou aqui mesmo quando não ouço a minha voz. Estou impregnada do eu que vive
aqui fora, no AR, onde está a minha voz.
CALAR pra ouvir o eu de dentro. Respirar e levar ar-voz pro EU de dentro, que tem fome.
Está faminto, miserável, escasso de mim. Ouvir com o ventre a minha mulher e sentir
com a vagina o paladar do meu homem. E deixar o coração ver com olhos andróginos.
Matar o eu e deixar o eu nascer..
Desconstruir a forma-mundo
Destronar logos
Calar a boca
Deixar falar o corpo-tempo
E ouvir a voz de Deus
que vejo e respiro estão castrados no meio de tudo que falo. Falo demais e só ouço o que
eu mesma falo, deixando de lado as outras vozes - que não aprendi a ouvir. Preciso acreditar
que estou aqui mesmo quando não ouço a minha voz. Estou impregnada do eu que vive
aqui fora, no AR, onde está a minha voz.
CALAR pra ouvir o eu de dentro. Respirar e levar ar-voz pro EU de dentro, que tem fome.
Está faminto, miserável, escasso de mim. Ouvir com o ventre a minha mulher e sentir
com a vagina o paladar do meu homem. E deixar o coração ver com olhos andróginos.
Matar o eu e deixar o eu nascer..
Desconstruir a forma-mundo
The Fox