Queridos leitores, eu vi! Ou melhor, vivi! Os saltos quânticos acontecem!
Quando ouvimos uma história de alguém, é quase impossível não fazer uma leitura, em geral, parcial e limitada. Quando analisamos algo que aconteceu conosco também: acabamos presos a uma visão reduzida da questão, que impede a coisa de fluir. Enfim, isso acontece muito comigo, apesar do esforço contrário.
Pois então, estava eu recheada de leituras, análises, preconceitos, e definitivamente, medo. Meu corpo queria ir mas a mente, cheia de abobrinhas, complicava tudo. Presa a um passado recente eu visualizava um futuro de fracasso. Era a tal da lógica, a voz da razão ou alguém dessa galera. Graçasaosdeuses, o corpo falou mais alto ou melhor, gritou! E fui, corajosamente, já que coragem não é a ausência do medo e sim, seguir, apesar dele. Durante o percurso fiz um exercício fundamental: zerei tudo o que eu havia ouvido, analisado, definido e amarrado. E segui, sem expectativas, livre, página em branco. Senti uma serenidade profunda, um “tá tudo bem” pulsava quente dentro de mim... Então, o que antes parecia tão óbvio de acontecer, passou longe, muito longe... E saltamos juntos pro Agora, o lugar mais maravilhoso do mundo!
O que aconteceu ontem, o que fui ou fiz ontem, não necessariamente vai me conduzir a um amanhã conseqüente. Do 1,2,3,4... posso saltar pro 5.347.201 ou pra qualquer outro ponto do mundo! Todas as possibilidades estão disponíveis o tempo todo, mas a mente, ou melhor, nosso eggs (modo simpático que encontrei para denominar nosso ego metido a besta!) insiste em nos prender à possibilidade mais rasteira. Esta, em geral, vinculada a nossa historinha de vida e ao que pensam e ao que pensamos de nós mesmos. Esse mecanismo, automaticamente, impede o novo, o salto, o vôo. E nos faz crer que, para mudar, é preciso muuuuuuuito esforço, muuuuuito trabalho, muuuuuuuita dedicação, muuuuuuuito sofrimento, muuuuuito merecimento... Queridos, merecemos tuuuudo de bom e pronto! Vamos saltar juntos?!
Não por acaso acabo de receber um vídeo maravilhoso. Discurso da escritora nigeriana Chimamanda Adichie advertindo sobre o perigo de considerarmos apenas uma história dentre as inúmeras que podem ser contadas sobre uma pessoa, um lugar.
http://www.ted.com/talks/lang/por_br/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html
Fui. Saltar!