Anasha faz quatro anos...
Que eu tenha coragem e força interior para
aprofundar e renovar os votos e combinados que fiz comigo mesma ao trocar de
nome! Que o amor, o silêncio interior e a sabedoria sejam meu guias. Momento grandioso onde pude brincar de nascer
de novo! Depois descobri que dá pra brincar disso todo dia... Ainda não consigo
mas quero chegar lá. A possibilidade de criar, de inventar, de imaginar, de
reinventar, é a dimensão da vida que torna viável a minha estadia aqui nessa
terra. Ainda mais com 4 aninhos, né?!
Mas de repente, e novamente (depois de uma fase
criativa), me vejo estagnada, paralizada. E nada nasce nem se cria sobre a face
da minha terra. A máquina de criar pifou! A fase up passou. A borboleta regrediu pro casulo. Mas não aceito. E
reproduzo padrões falidos, insisto em impossibilidades, temo a vida e o novo,
em resumo, quero controlar o mundinho que vejo. Tudo isso por não respeitar a
fase do silêncio, da não-ação. Ainda brigo com essa irmã siamesa da criação. Mas
fase é fase e tem que ser vivida até a última gota.
E então, quando já tô quase virando uma estátua
de cera de tão rígida, de medo e cegueira (eu medusando a mim mesma!), alguma
coisa acontece no de dentro. Depois de muitos tropeços, e nesta sexta passagem
de Saturno pelo meu mapa, me resigno e dou vida a Penélope em mim, a paciente.
E lembro dessa substância da qual também sou feita! Dura poucos segundos, sagrados
segundos onde ondas de Deus entram dentro de mim. E já basta pra me salvar da
morte. Trágica eu?
A não ação é uma fase difícil porque depende
não apenas da paciência mas da confiança. (Começo a desconfiar que essas duas também
são siamesas, não dá pra ter uma sem a outra...). Confiança no futuro, no amanhã, no daqui a pouco. Confiança
na vida, em nós, na nossa alma, nos nossos corações e espíritos, e na humildade
deles pra aceitar o que a vida nos dá. Confiar de que estar aqui e agora é o
melhor que pode acontecer. Confiar que a vida só nos reserva o melhor. E que
mesmo quando é pior, vem pra ensinar e fazer crescer, então era mesmo o melhor,
com cara feia! Confiar que somos pessoas legais!
Confiar exige imaginação. Quem é que acredita
naquilo que não consegue sentir como possível? É preciso visualizar e sentir as
coisas boas tornando-as possíveis no de dentro. Mente que só imagina a mesma
coisa, tá doente. Daí que urge limpá-la, deixá-la leve e permeável pra imaginar
novidades, bondades, possibilidades, criatividades, humanidades, amorosidades...
Uma coisa é certa: cuidar do corpo, acalma a
mente. A mente relaxada, equilibra as emoções. As emoções numa boa alegram o
espírito. Se preferir pular tudo isso, meditação! E tem tantos outros caminhos.
Importa sacar que a maluquice começa na mente e cortar o mal pela raiz. Doses
de boas imagens mentais pra começar. Ou imagem nenhuma. Bora começar?
Feliz aniversário florzinha!
Namastê
Anasha