“Quando uma mulher de
certa tribo da Africa sabe que está grávida, se refugia na selva com outras
mulheres, e juntas, fazem orações e meditam até que surja a canção da criança.
Elas sabem que cada alma tem sua própria vibração que expressa sua
individualidade, unidade e propósito. As
mulheres cantam a canção em voz alta. Depois retornam à tribo e ensinam a
canção aos demais.
Quando
a criança nasce, a comunidade celebra cantando a sua canção. Logo, quando a
criança começa a estudar, o povo se reúne e canta a sua canção. Quando a
criança é iniciada como adulto, todos cantam a sua canção. Em seu casamento, a
pessoa escuta a sua canção. Finalmente, quando a pessoa morre, a família e os
amigos se aproximam do seu leito e, assim como no seu nascimento, cantam a sua
canção para acompanhá-lo em sua transição.
Mas nesta tribo da África há outra ocasião na qual se canta a canção
da pessoa. Se em algum momento durante a sua vida, ela comete um crime ou um
ato anti-social, a pessoa é conduzida ao centro de seu povoado, forma-se um
circulo ao seu redor e todos cantam a sua canção. A tribo reconhece que a
correção não está no castigo, está no amor e na recordação da sua verdadeira
identidade. Quando reconhecemos nossa própria canção já não temos desejos nem
necessidades de ferir os outros. (...).
Penso na vibração própria da minha alma e viajo nas semiologias sincrônicas
subliminares ao livre arbítrio... No universo sannyasin (de onde provem
meu novo nome), recebemos também sobrenomes que nos vinculam ao nosso caminho
de crescimento nessa vida. Recebi o sobrenome Nirava, da família do Silêncio.
E, sorri, grata. E tenho tentado acatar essa difícil mensagem. Outras peculiaridades
me fascinam na mudança de meu nome:
Vanessa nasceu em 03/10 e
Anasha em 30/01, e só fui me dar conta disso muito depois... Vanessa é o nome
científico de um tipo de borboleta, dessas cor de laranja, que andam em bando.
Sem contar que é o nome de uma atriz inglesa – Vanessa Redgrave – que minha mãe
amava e só fui saber disso depois que já era atriz! (propósitos
subliminares...). Em grego Psyqué é a
palavra para designar borboleta e também alma. Anasha significa imortal, e
sendo a alma a única coisa imortal, eis que, como a serpente Uroborus, volto
pro mesmo ponto de onde vim. É impossível fugir daquilo que se é. Mas é bem
fácil esquecer... Graçasaosdeuses, existem os amigos e as pessoas queridas que
nos amam e que nos lembram quem somos:
“Teus amigos conhecem tua
canção e a cantam para lembrá-lo. Aqueles que te amam não se enganam pelos
erros que você comete ou pelas escuras imagens que mostras aos demais. Eles te
fazem lembrar a tua beleza quando te sentes feio, a tua totalidade quando estás
abatido, a tua inocência quando te sentes culpado e o teu propósito quando
ficas confuso”. Tolba Phanem
Sempre grata pelas
pessoas que me cercam, lembrando que puxões de orelha existenciais são sempre
bem vindos!
Namastê
Anasha
3 palpites:
Querida amiga artista Anasha :D
Que bom que você existe, e sua poesia, seu impulso saudável de vida, sua sensibilidade tão refinada.
Fico feliz por ser sua amiga, amor, Madá.
EU QUERO QUE VOCÊ LANCE SEU LIVRO, E ME DIGA...até agora, as crônicas que mais gostei foram do CINEMA E DO SOBRINHO e esta do DRAGÃO DO HÁBITO...
Adorei o texto!
Mas Anasha é um nome lindo... assim como o nome da minha futura filha, Aísha.. rsrs
Beijos
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